sexta-feira, 11 de maio de 2007

B de...

Blitz!

No dia de Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas do ano de 1996 fomos surpreendidos, qual blitzkrieg, com a chegada de um recém-nascido de quatro patas que se viria a tornar no mais novo membro da família.

Desde cedo que começou a desenvolver capacidades arqueológicas, dada a sua apetência por actividades ligadas à escavação e prospecção de solos. Os seus dons foram reconhecidos e aproveitados na requalificação constante do jardim que foi seu domínio durante largos anos.

O seu carácter nobre e sempre esgrouviado, conquistou todos aqueles que cruzaram caminho com ele, especialmente devido ao seu sentido de humor e empatia.

Após longas correrias, perseguições felinas, trincadelas amorosas, lambidelas, bolas furadas, corações femininos destroçados, sestas, ossos deglutidos (e outros objectos indeterminados), longas horas de vigilância e muitos sorrisos marotos esboçados, a lotaria genética pregou uma partida a este guerreiro.

A displasia coxo-femural que o afectou durante dois anos, limitou toda a acção física que ele sempre desenvolveu mas que o seu espírito inquieto nunca acomodou. O seu espaço de acção reduziu-se exponencialmente a um raio de 2 metros da sua "mansão", dada a sua incapacidade de locomoção autónoma. As suas funções urinárias e intestinais também deixaram de ser autónomas e o seu sorriso maroto foi sendo substituido gradualmente por um olhar triste e depressivo.

Mesmo apesar de todos os esforços em mantê-lo feliz, urgiu a decisão de o libertar da existência corporal que o aprisionava. Egoísticamente, ou não, seria nossa intenção mantê-lo do nosso lado até hoje, mas possivelmente não seria justo para o Blitz tal "condenação terrena". Assim, há precisamente um ano, pelas 11h23, o Grande Guerreiro do pêlo cor de fogo deu o seu último suspiro e o seu coração generoso cessou a cadência frenética que lhe invadia o corpo e a mente durante os quase 10 anos de (con)vivência. Esperamos que ele esteja algures a correr e saltar livremente, sempre com aquele sorriso inconfundível...

Restam as saudosas memórias deste grande amigo que hoje podia ser o avô mentor da frenética Vicky (será que renasceste nela, ganda maluco? :).

A minha sentida homenagem a este "irmão" insubstituível. Obrigado Blitz!



O mister Scolari tinha aqui uma digno defensor das redes lusitanas...


A sua vertente pachorrenta:


A sua vertente hedonística:


O seu porte autoritário...

...e olhar penetrante:


No seu playground favorito (praia) com o seu sorriso memorável:

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